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Entenda por que procura por Educação de Jovens e Adultos diminuiu 18% em Campinas

Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em 2022, havia 3.066 matrículas, contra 2.503 em 2024. Há 14 mil pessoas acima de 16 anos que não sabem ler...

Entenda por que procura por Educação de Jovens e Adultos diminuiu 18% em Campinas
Entenda por que procura por Educação de Jovens e Adultos diminuiu 18% em Campinas (Foto: Reprodução)

Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em 2022, havia 3.066 matrículas, contra 2.503 em 2024. Há 14 mil pessoas acima de 16 anos que não sabem ler e escrever na metrópole. Diminui em 9% número de alunos matriculados na EJA de Campinas em um ano O número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campinas (SP) registrou queda de 9,38% em 2024. De acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cidade tinha 2.762 matrículas em 2023. O total de inscritos caiu para 2.503 estudantes no ano passado. ✍️Em comparação com 2022, quando foram matriculados 3.066 alunos, a queda fica ainda maior. chegando a 18,36%. Confira no gráfico, abaixo. Há 14 mil pessoas acima de 16 anos que não sabem ler e escrever na metrópole. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Falta de incentivo 🏫 Mas, por que há pouca procura?🤔 De acordo com José Batista de Carvalho Filho, gerente da EJA da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), "a população idosa tem uma certa dificuldade de buscar a sala de aula", explica. Além disso, há falta de incentivo dos amigos e familiares dessas pessoas para que elas possam procurar a instituição para alfabetização. "O incentivo, ele é decisivo. Tanto das pessoas que moram junto com o não alfabetizado, como dos colegas. A FUMEC está fazendo um apelo ao exercício da cidadania. E o que é esse exercício da cidadania? Se você conhece alguém que não saiba ler e escrever, indique para se matricular ", relata o gerente. 'Não é tarde para aprender' ✍ Número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos diminui 9,38% em Campinas Reprodução/EPTV Indo em contramão dos dados, Miriam procurou uma EJA e para aprender a ler e a escrever, antes disso, ela conta que "não tinha vida social", mas com a leitura, sua vida mudou completamente. "A minha vida mudou. Hoje eu consigo expor as minhas vontades, as minhas necessidades. Converso em qualquer lugar, entro e saio com a cabeça erguida. Eu me sinto gente, um ser humano, igual a qualquer um", conta Miriam. Francisca Silva, mais conhecida como Marlene, atualmente estudante de uma EJA, diz que muitos a questionam por ter decidido se alfabetizar na melhor idade. "'Depois de velha vai pra escola?' Eu falava: Vou! Não é tarde para aprender". VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas